John Barker, diretor-geral da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), conheceu a Vinícola Brasília e a Villa Triacca Hotel Vinícola & Spa, reforçando a presença do Brasil no cenário global da vitivinicultura.
Visita de peso ao terroir brasiliense
Brasília recebeu nesta semana o neozelandês John Barker, diretor-geral da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), entidade que reúne 51 países responsáveis pela maior parte da produção e do consumo mundial de vinhos. A visita de um dos nomes mais influentes da vitivinicultura global reforça a inserção do Distrito Federal e do Brasil no cenário internacional.
Na última terça-feira (19), Barker esteve na Vinícola Brasília e na Villa Triacca Hotel Vinícola & Spa, considerada uma das principais referências do setor na região.
Encontro com lideranças do setor
A agenda reuniu lideranças da vitivinicultura nacional, como Fernanda Spinelli, presidente da Subcomissão de Métodos de Análises da OIV, Juçara Aparecida, coordenadora-geral de Vinhos e Bebidas do MAPA, Marcos Araújo, chefe da Comissão de Saúde e Segurança da OIV, e Heloísa Bertolli, presidente da Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados.
A comitiva conheceu a estrutura da Vinícola Brasília e percorreu as instalações da Villa Triacca, que reúne hospedagem, gastronomia e enoturismo em meio aos vinhedos do PAD-DF.
“A importância dessa visita para o nosso promissor terroir vitivinícola é imensurável. Receber a maior autoridade mundial do vinho, o gentil John Barker, diretor-geral da OIV, e sua comitiva, foi uma grande honra. Sem dúvida, um marco na nossa ainda recente história no mundo do vinho“, destacou Ronaldo Triacca, dono da Villa Triacca Hotel Vinícola & Spa.
Crescimento do setor no Distrito Federal
Embora Brasília não seja tradicionalmente associada à vitivinicultura, o Distrito Federal tem se destacado nos últimos anos. Vinícolas locais oferecem experiências completas — de visitas guiadas a jantares harmonizados — e atraem um público cada vez maior.
Segundo a Emater-DF, em 2023 foram colhidas 858 toneladas de uva em 94 hectares, resultando em um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 10,1 milhões. Já em 2024, o volume saltou para 1.377 toneladas em 121 hectares, com 60 produtores envolvidos – sendo 11 dedicados às uvas viníferas. O VBP ultrapassou os R$ 18 milhões.
Brasil no cenário internacional
O país ocupa hoje a 22ª posição entre os maiores vinhedos do mundo, com a seguinte distribuição de cultivo: 53% uvas de mesa, 24% destinadas a vinhos e 23% para suco.
No ranking de produção, o Brasil está em 14º lugar, com produção anual entre 3 e 4 milhões de hectolitros (300 a 400 milhões de litros). No consumo, a média histórica brasileira varia entre 3 e 3,5 milhões de hectolitros, com pico de 4 milhões durante a pandemia, entre 2020 e 2021.
Com sede em Dijon, na França, a OIV responde por 85% da área vitícola mundial, 88% da produção global de vinhos e 75% do consumo. A visita de Barker é considerada simbólica para o Brasil, que amplia sua presença no mercado e consolida espaço no mapa global do vinho.

