Delfino Golfeto, cachacier da Água Doce Sabores do Brasil, explica curiosidades sobre a bebida que carrega identidade e diversidade brasileira
No dia 13 de setembro é celebrado o Dia Nacional da Cachaça, bebida que é patrimônio cultural e histórico do Brasil. Produzida a partir da cana-de-açúcar, a cachaça atravessa gerações, presente em drinques clássicos – como a caipirinha – ou apreciada pura em degustações que valorizam sua riqueza sensorial. Para a data, o cachacier Delfino Golfeto, fundador e presidente da Água Doce Sabores do Brasil, compartilha curiosidades e explica os diferentes tipos da “marvada” e como degustá-los.
“É importante entender que nem toda cachaça é igual. Cada rótulo carrega particularidades únicas, que vão desde a região produtora, a matéria-prima, o processo de fermentação até o tipo de madeira usado no envelhecimento. Essas nuances fazem com que a cachaça seja uma bebida de enorme diversidade sensorial, que merece ser apreciada com o mesmo respeito dado a destilados internacionais”, afirma Golfeto.
Cachaça Transparente (Prata)
Sem passar por barris de madeira, é fresca e preserva o sabor marcante da cana-de-açúcar. Muito usada em coquetéis, principalmente na caipirinha, também é versátil na culinária – amacia carnes e realça assados. Harmoniza bem com frutos do mar e queijos brancos. O ideal é que descanse por ao menos seis meses em recipientes neutros, como tanques de inox.
Cachaça Envelhecida
Fica em barris de madeira por pelo menos um ano, adquirindo cor dourada e aromas complexos. Carvalho, bálsamo e amburana são madeiras comuns no processo. Indicada para ser degustada pura, revela notas que variam de adocicadas a amadeiradas. Combina com churrascos, aves, suínos e feijoadas.
Cachaça Premium
Classificada quando ao menos 50% do volume foi envelhecido por um mínimo de um ano. É mais sofisticada, valorizada em harmonizações e coquetéis como o Rabo de Galo. Harmoniza bem com queijos maturados, chocolates amargos e sobremesas com frutas secas.
Cachaça Extra Premium
Considerada a joia da categoria, envelhece integralmente por mais de três anos. Ganha coloração intensa, textura aveludada e sabor encorpado, sendo comparada a destilados internacionais. Acompanha fondues de queijo e cordeiro.
Cachaça de Alambique
Produzida artesanalmente em pequenos lotes, carrega forte identidade regional. Conhecida como “cachaça curraleira”, fazia parte do cotidiano dos produtores rurais. É ideal para acompanhar pratos leves, como peixes e queijos.
Cachaça Aromatizada
Infusionada com frutas, ervas ou especiarias, é leve e criativa, perfeita para drinques tropicais e coquetéis modernos. Vai bem com saladas frescas, comida japonesa e queijos suaves, como o brie.

