Qual será a nova bebida do Carnaval de BH? Descubra quais são as apostas de 2025

bebida do Carnaval de BH

O Carnaval de Belo Horizonte se tornou um dos mais vibrantes do país, e para as marcas de bebidas, a festa é uma oportunidade de ouro. Mais do que um evento, é uma vitrine gigante que pode consolidar uma marca ou fazer surgir uma nova febre entre os foliões. Em 2025, a expectativa do setor é alta: o Sindbebidas MG projeta um crescimento de 26% no faturamento do mercado de drinks prontos em lata (RTDs – ready to drink) e um aumento de 12% no segmento de cervejas em relação ao ano passado.

Mas qual será a grande aposta deste ano? Quem decide são os foliões nas ruas, mas as marcas já entraram na disputa com novos sabores, forte investimento em marketing e uma logística agressiva para chegar ao isopor dos ambulantes e, claro, às mãos dos foliões.

A corrida para conquistar os foliões

O caminho para ser a bebida queridinha do Carnaval não é fácil. O exemplo da Xeque Mate, que há 10 anos domina as ruas de BH, mostra que sucesso não acontece por acaso: é preciso estratégia, distribuição eficiente e presença nas redes sociais e nos blocos.

Entre as marcas que tentam conquistar espaço, Lambe Lambe vem forte, com um investimento de R$ 2 milhões no primeiro trimestre e um aumento na produção de 430 mil para 1,5 milhão de latas. Além das latinhas já conhecidas (tangerina, limão e sal; pitaya, maracujá e alecrim), a novidade deste ano é o lançamento da lata vermelha de limonada rosa.

“O Carnaval passado foi uma vitrine para nós. Ele nos projetou para o ano inteiro”, afirma Kalinka Campos, sócia e diretora comercial da Lambe Lambe.

A estratégia de marketing e presença física nos blocos, que funcionou para Lambe Lambe, agora é replicada por outras marcas. Segundo Sidney Fernandes, diretor da distribuidora Slap, que abastece ambulantes, quem quiser se destacar precisa seguir essa fórmula: presença digital, patrocínio de blocos e força de distribuição.

As apostas de 2025

  • Xá de Cana: A mistura de cachaça, caldo de cana e limão ganhou fôlego e vai invadir as ruas com um volume pelo menos 10 vezes maior do que no Carnaval de 2024. Segundo a fundadora Sthella Lima, a marca fechou acordos com distribuidoras especializadas em ambulantes e aposta em um novo formato de venda com bikes personalizadas.
  • Equilibrista: A marca, que já tem Gingibre e Rubra, lançou a Veneta, uma mistura de frutas vermelhas, hortelã e vodca. O plano é distribuir 500 mil latas só em BH e mais 200 mil em outras cidades, ultrapassando a marca de 700 mil latas, somando a parceria com a cervejaria Läut para a Venm.
  • Stone Light: Com um cardápio variado de drinques em lata, a marca projeta 200 mil latas no Carnaval de BH, com grande aposta nos sabores Pink Lemonade e Tropical Gin. Além da capital mineira, a marca também estará presente no Carnaval de Diamantina.
  • Prussia Bier: A fábrica, que já produz cervejas artesanais, também se especializou na fabricação de RTDs para outras marcas. Em 2025, a categoria ganhou uma área própria dentro da fábrica, e a expectativa é aumentar a produção em 28%.

O segredo do sucesso: preço e distribuição

De acordo com o Sindbebidas MG, não é apenas o sabor que faz uma bebida se tornar popular no Carnaval. Logística e preço são fundamentais. Se a latinha não chegar ao isopor do ambulante com um custo competitivo, dificilmente conseguirá competir com gigantes como Skol Beats e Xeque Mate, que já dominam o mercado.

“O Carnaval é um teste de fogo. Quem quer se consolidar tem que fazer o trabalho agora, garantindo presença nas ruas e um preço acessível”, afirma Cristiano Lamego, superintendente do Sindbebidas MG.

O jogo está aberto, e só o tempo dirá qual bebida vai conquistar os foliões e se tornar a nova sensação do Carnaval de BH. 

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